Último corso do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada foi cancelado
As previsões meteorológicas avançadas pelo Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) fizeram pairar a dúvida, até ao último momento, […]
As previsões meteorológicas avançadas pelo Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) fizeram pairar a dúvida, até ao último momento, sobre a saída do último corso do Carnaval 2019. No dia 5 de março, perto das 15h, hora marcada para o início do corso, a Associação de Carnaval da Bairrada (ACB) anunciou o cancelamento do desfile.
No final da manhã, Alexandre Oliveira, presidente da ACB, confirmou ao nosso jornal: “para já mantém-se tudo normal. Não chove, portanto vamos desfilar”. A decisão manteve-se quando ainda faltavam 30 minutos para o início do cortejo, mas as condições meteorológicas adversas não deram margem de manobra à associação que se viu na contingência de cancelar o corso, sem data de reagendamento.
Conforme avançou a ACB, a alternativa encontrada foi a continuação da folia dentro da tenda instalada junto ao edifício da Câmara Municipal da Mealhada, onde todas as noites, de 1 a 5 de março, houve animação.
Ao longo da tarde as quatro escolas de samba subiram ao palco e mostraram o samba no pé e a energia das respetivas baterias.
No final da noite, no mesmo espaço, a ACB agradeceu o trabalho desenvolvido por todas as escolas, que “fazem do Carnaval da Mealhada o melhor do país”, e anunciou a vitória da Escola de Samba – Sócios da Mangueira nesta edição do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada. Os Sócios ganham, assim, pelo terceiro ano consecutivo o “Troféu Joham d’Oliveira”, das mãos de Alexandre Oliveira, conquistando 296,80 de pontuação final, atribuída pelo júri, constituído por 25 elementos. Em segundo lugar ficou o Grémio Recreativo e Escola de Samba Batuque, com 294,60 pontos, em terceiro ficou o Grémio Recreativo e Escola de Samba Amigos da Tijuca, com 293,90, e em quarto ficou o Grémio Recreativo e Escola de Samba Real Imperatriz, com 288,90.
O Jornal da Mealhada esteve à conversa com Juvenal Santos, presidente da escola verde e rosa, logo após o anúncio da vitória, que nos admitiu: “ainda não caí em mim”. Considerando “extremamente justo” o resultado da votação do júri, Juvenal Santos revela-se muito satisfeito “conseguimos o “tricampeonato”, que também era um dos nossos objetivos. Como é óbvio temos que agradecer a muita gente e eu não vou agradecer agora porque me vou esquecer de alguém, por isso, no sítio oportuno irei fazê-lo”, promete. No entanto, o presidente da Escola de Samba – Sócios da Mangueira aproveitou a ocasião para agradecer “aos sócios e aos simpatizantes dos Sócios da Mangueira, porque nos ajudaram a conquistar o tricampeonato”.
Questionado sobre as expectativas para a vitória das categorias para as quais os Sócios da Mangueira estão nomeados nos Globos do Samba, evento organizado pelo Grémio Recreativo Escola de Samba Trepa no Coqueiro (Estarreja) e do qual são conhecidos os resultados a 29 de março, Juvenal Santos afirma: “vou-lhe ser extremamente sincero, estarmos nomeados para nove categorias no meio de tanta escola de qualidade no país já é uma vitória. Portanto, vir um globo ou vir dois ou não vir nenhum, para mim, muito honestamente, já é muito gratificante, porque somos votados por todas as escolas do país e estamos nomeados para nove categorias. Venha o que vier, isto é o que nós queríamos, ganhar o “tricampeonato”, termina.
O Troféu Joham D’Oliveira 2019, conquistado pela escola verde e rosa, é da autoria de Filomena Beja, designer natural de Condeixa-a-Nova e residente na Mealhada desde 2010. A artista comemora 20 anos de carreira este ano e o trabalho que faz é reconhecido “pela originalidade e capacidade disruptiva”, segundo avança a ACB através da respetiva página de Facebook.
Fotografia: Membros da Escola de Samba – Sócios da Mangueira celebram a vitória do Troféu Joham D’Oliveira.
Autor: Jornal Frontal
