Segunda-feira, 04 de Março de 2019

Primeiro corso saiu à rua afastando a chuva da avenida mealhadense

Primeiro corso saiu à rua afastando a chuva da avenida mealhadense

Região

Primeiro corso saiu à rua afastando a chuva da avenida mealhadense

As previsões meteorológicas apontavam para um dia chuvoso, mas o sol e o calor humano que se fizeram sentir na tarde […]

As previsões meteorológicas apontavam para um dia chuvoso, mas o sol e o calor humano que se fizeram sentir na tarde de 3 de março fizeram acontecer o primeiro corso do Carnaval 2019. Nas bancadas colocadas no centro da cidade para a plateia não havia lugares vagos e nas ruas os telemóveis acompanhavam a par e passo as escolas de eleição.

O desfile desta tarde foi aberto pelo Grémio Recreativo Batuque (GRES Batuque) que trouxe para a “avenida” “Um Harém de Histórias”. “Sempre vou ganhar/Nunca vou perder/Posso acreditar que o tapete me leva”, podia ouvir-se no samba enredo desta escola, que conduziu o público numa viagem pela Arábia, “Terra de mil contos e mil noites”, tal como nos descreveu Rita Fernandes, presidente e porta-bandeira da escola verde e branca. “Sob a proteção de Alá/Eu vou brilhar a vida inteira” cantava e entoava a bateria desta escola, que recorrendo a uma indumentária onde o véu e as jóias imperaram, levaram o imaginário da plateia para a terra da dança do ventre, onde reina o sultão.

Seguiu-se o Grémio Recreativo Escola de Samba Amigos da Tijuca (GRES Amigos da Tijuca). A escola de Enxofães, do concelho de Cantanhede, mostrou à “avenida” a “Essência de ser diferente”, a essência de ser membro dos Amigos da Tijuca. “Sou Tijuca/Assumo a minha identidade/ Está na alma/Está na pele”, cantava a bateria da escola azul e amarela. A indumentária aludia ao filme da Disney, “A Bela e o Monstro”, personagens encarnadas pelo mestre-sala e porta-bandeira da referida escola. Nas demais alas a alusão aos sentidos está bastante patente na indumentária. Olhos, ouvidos e boca estiveram na “avenida” mealhadense para contar o enredo que dizem ser “muito nosso. Representa muitas das vivências da Tijuca e principalmente dos tijucanos”, garantiu ao nosso jornal Rita Ramos presidente do GRES Amigos da Tijuca.

“Bendito seja esse chão, oxalá”, cantavam os Sócios da Mangueira – Escola de Samba, ao passar pela “avenida”. O tema escolhido por esta escola para o Carnaval 2019 é a religião, de Buda a Cristo, as religiões do mundo desfilaram na Mealhada como “uma forma de desmistificação do que surgiu para unir as pessoas e não para as separar”, disse Juvenal Santos, presente da escola verde e rosa, ao nosso jornal. O hinduísmo foi a religião que abriu a apresentação dos Sócios da Mangueira, abrindo caminho a Moisés e depois a Jesus, que trazia nas costas o peso da cruz. “Põe a mão forte no peito/Levante a outra lá para o céu/Se entregue num raio de luz/ Deixando a fé cumprir o seu papel”, cantavam acompanhando a coreografia de louvor à entidade superior.

Na reta final do desfile, o Grémio Recreativo Escola de Samba Real Imperatriz (GRES Real Imperatriz) trouxe o circo para a “avenida” contando uma história de amor entre dois palhaços, “que têm de superar, com a ajuda de alguns elementos do circo, muitas barreiras para ficarem juntos”, explicou Elisabete Batista, membro da comissão carnavalesca desta escola. Cuspidores de fogo, malabaristas e palhaços percorreram a as ruas da cidade, antecedendo a passagem de um palhaço aprisionado numa cela, incapacitado de viver o amor e a alegria do carnaval. “Quem sou eu? Sou algo muito forte, com o Amor…, comigo e com a sorte…”, cantavam os membros da Real Imperatriz acompanhados pela respetiva bateria, cuja indumentária alude à de um mágico.

Entre cada escola, o corso contou com a animação de alguns grupos, nomeadamente de bombos e gaitas de foles, de piratas, que se digladiaram numa luta de espadas em plena “avenida”, seguindo-se-lhes um conjunto de zombies carniceiros que espalharam o terror pelo público e os CowboyD’Arte, de Oliveira de Azeméis.

Igor Marchesi e Inês Simões fecharam o primeiro corso de três, seguindo-se amanhã à noite o próximo, a partir das 21h30, repetindo o conceito criado o ano passado.

Mealhada

Autor: Jornal Frontal

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