Quinta-feira, 09 de Maio de 2019

DECO pede uma Europa mais ambiciosa para os consumidores

DECO pede uma Europa mais ambiciosa para os consumidores

Região

DECO pede uma Europa mais ambiciosa para os consumidores

Hoje celebra-se o Dia da Europa, mais concretamente o aniversário da “Declaração Schuman”, considerada um dos fundamentos da “construção europeia”. […]

Hoje celebra-se o Dia da Europa, mais concretamente o aniversário da “Declaração Schuman”, considerada um dos fundamentos da “construção europeia”. Nesta senda, a DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) assume como principal bandeira, a esta data, a luta pela proteção dos direitos e legítimos interesses dos consumidores.

“Vivenciamos, a nível europeu, um período muito crítico para a defesa do consumidor, em que algumas decisões poderão ter graves consequências para Portugal”, começa por dizer Ana Tapadinhas, diretora-geral da DECO, “é importante que o nosso edifício legislativo seja melhorado e não prejudicado”, termina.

De acordo com a referida associação, existem oito áreas prioritárias para o futuro dos europeus, nomeadamente: justiça ambiental, direitos contratuais dos consumidores, ações coletivas, energia, comunicações eletrónicas, serviços financeiros, transporte aéreo e saúde. Áreas às quais está associado um conjunto de reivindicações fundamentais que DECO diz ter remetido a todos os partidos políticos, em abono de uma “melhor política europeia dos consumidores”, sob a garantia de acompanhar e apoiar a implementação das medidas propostas.

Concretamente, a DECO propõe, no âmbito da justiça ambiental, que “o Parlamento Europeu (PE) atue, de forma ambiciosa, a fim de evitar alterações climáticas devastadores adotando políticas de longo alcance, não esquecendo o papel das organizações de consumidores”.

No que se refere aos direitos contratuais, a referida organização sugere que o PE regulamente “as plataformas digitais em linha, corresponsabilizando as mesmas pelo cumprimento do contrato e pela informação prestada aos consumidores”. Por outro lado, quanto às ações coletivas, a DECO propõe “o princípio da harmonização mínima para não prejudicar sistemas mais eficazes, como a Lei da Ação Popular Portuguesa”.

Por outro lado, no domínio da energia, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor sugere que “se concretize uma política europeia de combate à pobreza energética e o reforço da proteção do consumidor no setor do gás”.

Ainda sobre as comunicações eletrónicas, a DECO propõe “que sejam confidenciais e os serviços over the top (acima do topo), como Messenger, Whatsapp, sejam devidamente abrangidos pela legislação sobre privacidade eletrónica”.

Relativamente aos serviços financeiros, a organização que zela pela defesa do consumidor pede que se “consagre um Fundo de Garantia de Depósitos Europeu acautelando os interesses dos consumidores, visando assegurar o reembolso do depósito efetuado caso a instituição de crédito não o consiga fazer”.

Em matéria de transporte aéreo, a DECO pede que “sejam adotadas medidas específicas de proteção dos passageiros em situação de insolvência das transportadoras aéreas, garantindo o reembolso e repatriamento dos consumidores”.

Finalmente, em relação à saúde, a referida associação solicita que seja garantido o estabelecimento de “requisitos no que diz respeito à comprovação da qualidade, segurança e alegações de saúde dos suplementos alimentares como condição prévia à autorização de introdução no mercado”.

Lembramos que a “Declaração Schuman”, proferida pelo ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Robert Schuman, propôs ao governo alemão a criação de uma Alta Autoridade supranacional para a produção e consumo do carvão e do aço (matérias-primas necessárias à construção de armamento e à sobrevivência económica de um país) nos dois países. Entretanto, foi constituída a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), abrindo a porta para a “solidariedade de produção” e afastando a possibilidade de guerra entre a França e a Alemanha. Perante o simbolismo deste discurso, considerou-se que foram lançadas as “pedras basilares da construção europeia”, fixando o dia 9 de maio, data em que foi preferido o discurso, como o Dia da Europa.

 

Créditos Fotográficos: Euronews

Europa

Autor: Jornal Frontal

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