Veia poética: ENTARDECIDO
(MOTE)Estou velho, mas sou vividoTenho tempo em demasiaO corpo pelo Sol curtidoE na alma tenho poesia IEstou a escrever sobre […]
(MOTE)Estou velho, mas sou vividoTenho tempo em demasiaO corpo pelo Sol curtidoE na alma tenho poesia IEstou a escrever sobre mimSobre o meu tempo já gastoDe o lembrar nunca me afastoNão sei quando é o meu fimEstou na idade do jardimDaquele passeio divertidoDe quem é entardecidoTenho a minha vida já feitaPressinto a morte à espreitaEstou velho, mas sou vivido IIMergulho no meu passadoE enleio-me em pensamentosRecordo muitos momentosDum álbum, tão bem guardadoE a sete chaves fechadoCom um aroma de maresiaVolto ao tempo em que aprendiaO que é envelhecerE o que fiquei a saber?Tenho tempo em demasia IIIVou suportando as mazelasQue o tempo me quis oferecerCom mais ou menos doerMuito em especial aquelasQue me quero ver livre delasSinto o corpo tão doridoPor já ter envelhecidoLevo minha cruz ao calvárioE tenho, é extraordinário,O corpo pelo Sol curtido IVCom a velhice me caseiE com ela vou resistindoDe complexos me despindoQue a vida impõe sua leiE já me aproximo, bem seiDa partida com alegriaE no despertar de cada diaDeixo o meu agradecimentoTenho palavras no pensamentoE na alma tenho poesia JOSÉ GUERREIRO
(MOTE)Estou velho, mas sou vividoTenho tempo em demasiaO corpo pelo Sol curtidoE na alma tenho poesia IEstou a escrever sobre mimSobre o meu tempo já gastoDe o lembrar nunca me afastoNão sei quando é o meu fimEstou na idade do jardimDaquele passeio divertidoDe quem é entardecidoTenho a minha vida já feitaPressinto a morte à espreitaEstou velho, mas sou vivido IIMergulho no meu passadoE enleio-me em pensamentosRecordo muitos momentosDum álbum, tão bem guardadoE a sete chaves fechadoCom um aroma de maresiaVolto ao tempo em que aprendiaO que é envelhecerE o que fiquei a saber?Tenho tempo em demasia IIIVou suportando as mazelasQue o tempo me quis oferecerCom mais ou menos doerMuito em especial aquelasQue me quero ver livre delasSinto o corpo tão doridoPor já ter envelhecidoLevo minha cruz ao calvárioE tenho, é extraordinário,O corpo pelo Sol curtido...
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Autor: Jornal Frontal
