DITO E…ESCRITO!
“…Mas o que é facto é que a habitação tem sido abandonada à especulação, às políticas neoliberais e à avidez da direita, atores que não querem que a função social e solidária da habitação e o seu interesse geral e público esteja no centro das políticas, para garantir a habitabilidade para todos. A radicalização da defesa do direito à propriedade, fechando os olhos a todos os problemas que acarreta socialmente, tem permitido a insensatez de defender a existência de casas abandonadas cujo único intuito é a especulação.”
Maria Manuel Rola – PÚBLICO
“…Todas estas greves não terão uma coincidência temporal estranha, não suscitam legítimas dúvidas sobre se, por detrás da sua natureza laboral, não haverá propósitos políticos de outra ordem? O forte desgaste que se tenta provocar ao Governo, à entrada do ano das eleições legislativas, não terá por objetivo procurar evitar que o PS possa ser o único usufrutuário, no momento do voto, das vantagens concedidas ao longo do seu mandato, garantindo ao PCP e ao BE, no próximo quadriénio, que a ausência de uma maioria absoluta socialista lhes preserva o seu atual poder de influência? A resposta parece óbvia, mas também isso é da lei da vida democrática.”
Francisco Seixas da Costa – JORNAL DE NOTÍCIAS
“…O novo ano promete ser um ano de decisões importantes para a União Europeia. A maior delas provavelmente não será o Brexit, mas as eleições para o Parlamento Europeu em maio e as decisões daí resultantes sobre o futuro rumo da UE.
As eleições determinarão se o equilíbrio de poder tenderá para os reformadores da UE, para os populistas variados ou para um novo grupo de desaceleradores nórdicos da integração europeia. Esta coligação também é conhecida pelo nome incorreto de "nova Liga Hanseática" e é liderada por Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda. Os chamados populistas não têm nenhuma hipótese de ganhar o controlo do Parlamento Europeu, mas podem acabar mudando o equilíbrio de poder numa direção ou na outra.”
Wolfgang Munchau – DIÁRIO DE NOTÍCIAS
“…Trabalha-se no turismo, nos hotéis, nos restaurantes, no comércio. O alojamento local já tem o mesmo número de camas que os hotéis. Muitos homens ganham a vida a conduzir carros para a Uber e similares.
Os sindicatos representam cada vez menos gente e menos carreiras. Os partidos políticos não perceberam que o país tinha mudado, que as classes profissionais e sociais que representavam tinham desaparecido e que os cofres do Estado já não podem pagar as promessas eleitorais.
Uma explosão social, maior ou menor, é expectável em fim de ciclo. Enfiados numa camisa-de-forças, é normal que os portugueses esperneiem.”
Sofia Vala Rocha – O SOL
Ir mais longe e generalizar para todos os bancos a divulgação dos grandes clientes que provocaram perdas avultadas é criar entraves ao funcionamento do mercado, empurrar grandes clientes para outros bancos europeus e criar um clima de caça as bruxas que vai debilitar ainda mais o sistema bancário português
Saber quem são os grandes clientes que provocaram perdas avultadas nos bancos é uma medida populista com graves consequências no sistema financeiro. Avançar nesse sentido para todos os bancos é um risco demasiado grande e colocar essa informação nas mãos dos deputados ainda mais. Vamos por partes.
João Vieira Pereira - EXPRESSO