Veia poética "Dualidade"
Há uma dualidade em cada um de nós
O duelo entre o lado de dentro e o exterior
No meio da azáfama qual é a maior voz?
Até na divisão custa quantificar a dor…
Trazemos nos bolsos o escudo e a espada
A guerra solta-se entre o tudo e o nada
A partilha do que somos desvanece na aparência
Que cala e oculta o sentido da genuína essência.
Trazemos aos pés a luta amarga da derrota
Encamisada por sorrisos contrafeitos de vitória
Onde pensamentos e gestos se confundem na frota
Não devíamos querer a lenda, mas a verídica história!
Devíamos almejar o confronto que dói e alivia
É aí que começa a longa e íntima viagem
Quando fizermos sobressair a coragem
O respeito sem filtros, à lucidez da luz do dia!
Há uma dualidade em cada um de nós
Entre o que sentimos e o que demonstramos
A verdade surge quando estamos a sós
No silêncio que se reparte pelo que pensamos e amamos.