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Diária

Alunos são sensibilizados para combater a discriminação


tags: Mortágua Categorias: Região sexta, 26 abril 2024

Os alunos do 3º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Mortágua assistiram no passado dia 17 à apresentação do projeto “Stop Discriminação”, concebido a partir do livro homónimo, uma parceria entre a Betweien e o músico Héber Marques, vocalista dos HMB.

Esta ação foi dinamizada pelo Projeto Municipal “Da Escola, Agarra a Vida” em articulação com os Serviços de Psicologia e Orientação e Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva, do Agrupamento de Escolas, na linha de outras ações que têm sido promovidas pelo projeto sobre a temática da inclusão.

“Stop Discriminação” é um projeto pedagógico de promoção do interculturalismo que visa capacitar e dotar os jovens de ferramentas de diagnóstico e prevenção de atitudes e comportamentos discriminatórios, em função da etnia e da nacionalidade. 

Aborda temas como a discriminação étnica, o diálogo intercultural e o discurso de ódio, inclui três temas originais musicados pelo Héber Marques, e uma peça de teatro, que é a adaptação das histórias do livro ao teatro.

O projeto desenvolve-se através de uma conversa na qual o músico responde a várias questões relacionadas com as histórias e os temas tratados no livro, das músicas criadas para cada história, de uma pequena peça de teatro sobre ser migrante. Os alunos foram desafiados a participar num “quizz” sobre migração e a interagir na conversa, com o objetivo de ouvir as suas opiniões e o que pensam sobre a migração e outras culturas.

Pretende-se sensibilizar os jovens para a importância de combater a xenofobia, o racismo, a discriminação, e transmitir a mensagem de que a ignorância, o preconceito e o medo do desconhecido, são barreiras ao conhecimento do outro, à integração, à cooperação e ao interculturalismo. De que não devemos julgar ou estigmatizar apenas porque é estrangeiro, de outra cultura, etnia ou religião, e que precisamos de “calçar os sapatos do outro”, colocarmo-nos no seu lugar, para compreender as suas emoções, sentimentos e ações.

E que, pelo contrário, o encontro e a partilha de culturas, a diversidade cultural, enriquecem uma sociedade e representam uma mais-valia na vida coletiva dos povos e nações.

Héber Marques referiu que “a música e a arte em geral são uma ferramenta diferente e eficaz para sensibilizar os jovens para a tolerância e a convivência com outras culturas e etnias”. Segundo o músico, “o ser humano tende a rejeitar o que não conhece, é um certo mecanismo de defesa”, e afirmou que “é preciso desmistificar alguns estigmas e preconceitos fazendo perceber que podemos ser diferentes na cor da pele, na Língua que falamos, na religião que seguimos, mas essencialmente somos seres humanos e temos muito mais semelhanças entre nós do que diferenças”.

O projeto conta, desde o seu lançamento, com a parceria excecional do Conselho Português para os Refugiados (CPR).