Diretor: 
João Pega
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Diária

Dito e... Escrito!


quarta, 02 outubro 2019

“…Sentimo-nos marginalizados pelo sistema democrático? Não acreditamos nos seus protagonistas? Então, temos de contribuir para a mudança. Temos de participar nos partidos, nas associações, ou de criar novas estruturas se não nos revirmos nas atuais.

Com a subida da abstenção, entregamos o destino das nossas vidas e das nossas famílias nas mãos de uma minoria cada vez mais escassa.

Até dia 6 de outubro temos de combater este alheamento, esta demissão cívica. Temos o direito e o dever de ser cidadãos por inteiro.

Não reivindique só nas redes sociais. O seu voto pode fazer a diferença. Tenha a responsabilidade de decidir e vá votar.”

Rita Rodrigues – DIÁRIO DE NOTÍCIAS

 

“…Não sou daqueles que acham que a maioria dos políticos são um bando de malfeitores, corruptos e sem-vergonha. Penso que exercer uma função política é muito exigente física e mental. Há uma exposição pública e devassa da vida privada.

Um político deve ter um vencimento digno no seu cargo e ser tratado como qualquer cidadão que faz descontos. As subvenções devem acabar de uma vez por todas. Ponto final!

Não há pior exemplo para descredibilizar a política. Sinceramente, acho herege, num país pobre haver gente que tenha uma compensação por exercer um cargo para além da sua pensão como um cidadão normal.

Depois queixam-se que os portugueses não vão votar.”

Joaquim Jorge – JORNAL DE NOTÍCIAS

 

“…Antigamente, a música no Verão resumia-se aos cantores pimba, que andavam de terra em terra e atuavam em feiras e festas, em cima de palcos improvisados. Eram espetáculos destinados ao ‘povinho’, à gente rude e ‘inculta’ do campo e da província.

Então, inventaram estes festivais de música para a ‘malta urbana’, ‘culta’, ‘erudita’. Malta com ‘mundo’, mais exigente, que quer outros intérpretes. Ora, olhamos para essa ‘malta’ e o que vemos? Vemos aquele casal mal vestido que não troca uma palavra. Vemos gente maltrapilha, sem aprumo, aparentemente sem interesses, agarrada ao telemóvel, que vai aos festivais não para ouvir música mas para se excitar.

De facto, muita daquela música não é bem música: é ruído. Um ruído tremendo, assustador, destinado a excitar as multidões. As pessoas ficam em transe, abanam os corpos, gritam, como se estivessem num exorcismo.”

José António Saraiva – O SOL

 

“…Há muitos outros exemplos deste espírito igualitário que se impõe entre nós. Um, que a mim me chocou especialmente pela forma submissa como foi aceite, foi a proibição de uma editora publicar cadernos de capa azul para meninos e de capa rosa para meninas. Um caderno é algo pouco importante, o que é grave é um funcionário impor a cor aos cadernos para todas as crianças porque só ele sabe o que é bom para nós, pais e restante população.

Outros exemplos contemporâneos incluem os fundamentalismos dos ambientalistas como a proibição de que se coma carne, as tentativas de se limitar a liberdade de expressão nas universidades ou de se tentar impor que apenas alguns, como os artistas, possam dispor dessa liberdade.

A prepotência desta e de muitas outras decisões que estão a ser tomadas em nome da igualdade demostram o ataque repugnante à liberdade que eu julgava ser património das sociedades ocidentais.”

Ricardo Pinheiro Alves - OBSERVADOR